terça-feira, 3 de junho de 2008

Olhos de passagem

É a passante que me olha – não me vê

Seus olhos se fixam

em lugar nenhum.

Passa lentamente com seu guarda-chuva

e os longos cabelos soltos


Ninguém a olha, todos estão ocupados

com seus cafés.

E ela passa.



II

A entrada envidraçada do café,

nada revela.

VRUUUM!

Não há tempo

clic-cliq-clique.


Viro para a esquerda

espelho.

À direita: vidro!

“Tem alguém olhando para mim”.

4 comentários:

Leandro Valle disse...

Te olho daqui, de dentro de mim. Apesar da confusão, te quero muito, verdadeiramente. E, num dia desses próximos, te chamo, tu entra e aí tomamos um café e conversamos. Carinho e saudades...

sinceros e concretos!,

Anônimo disse...

café do lado
errado que ficou.
mudou-se.

Mariá disse...

como não seria um elogio?
volte sempre!

kxncv,m disse...

simples e belo.

http://jardimdainsanidade.wordpress.com/